Nimbus 25 pelo olhar do Hoehniss


O Nimbus, principal modelo de amortecimento da ASICS, marca uma nova era diante das atualizações apresentadas

MUDANÇA RADICAL – AS MUDANÇAS DO NOVO NIMBUS 25 PARA O ANTECESSOR: Muitos corredores que começaram a correr pelo menos uns 5 anos atrás ou até mais do que isso, tiveram como primeiro par para iniciar na corrida o Nimbus. 

Ele não foi meu 1º para quando comecei a correr, mas já tive uns 5 ou 6 pares considerando o atual lançamento que vou falar sobre ele. 

E eu não me esqueço do 1º par que comprei. Foi o Nimbus 6 em 2004.

E nas consultorias que realizo seja com corredor ou triatleta que iniciaram na corrida nos últimos 5 ou 10 anos, 90% deles me dizem que o 1º par de tênis que tiveram, foi um ASICS Nimbus.

Em 2022 quando fiz o shoe count da Maratona de São Paulo (clique para ler o artigo), acompanhando a passagem dos corredores na marca do km 40, notei que uma grande quantidade daqueles que terminaram a Maratona acima das 4h40 e estavam correndo de Nimbus. 

E provavelmente a prioridade para eles era de certa forma conforto e segurança com relação ao tênis e sem qualquer objetivo relacionado à performance. 

Este ano eu estava novamente no mesmo local do ano passado e foi quase uma reprise com relação ao que relatei acima.

As novas atualizações do Nimbus 25 despertam curiosidade.

Se houve boas atualizações principalmente com relação à amortecimento e calce da 23ª edição para a 24ª, na minha opinião este lançamento do 25 é quase que um outro tênis diante das mudanças apresentadas.

Eu achei a forma do Nimbus 25 um pouquinho mais larga do que a do 24, e particularmente pra mim é mais confortável mesmo eu tendo o pé fino. 

Eu prefiro ter a sensação de que meus dedos fiquem “espalhados” dentro do tênis, seja qual for o modelo para treinos diários. 

O mesh da malha de cabedal do 25 é mais confortável do que do Nimbus 24. 

Não há qualquer atrito com os pés.  O que acho que falta é mais suporte na área medial interna do arco. 

A falta de suporte para alguns corredores nesta região do pé, pode gerar instabilidade, fazendo com que o pé caia um pouco para dentro.

E o que já tinha no Nimbus 24 e a ASICS manteve no 25 é a lingueta elástica. 

Bem confortável e se molda fácil no peito do pé. O sistema de amarração também mudou. 

Somente os 3 últimos passadores do cadarço são furos. 

A ASICS colocou pequenos ganchos como passadores, o que achei um fator positivo, principalmente pra mim que uso cadarço elástico. 

Fácil de passar e de ajustar. E o último detalhe da malha é o colar de calce que tem a borda elástica em forma de meia e com pouca espuma na área interna. Boa inovação.

O fator de destaque são as mudanças de espuma de entressola e geometria de solado. Sem dúvida a edição mais macia que a ASICS já fez. 

Isto se deve à nova entressola mais alta, automaticamente com mais espuma, gerando um pouco mais de resposta e maciez. 

Outro detalhe foi o drop que a ASICS reduziu em 2mm com relação ao antecessor. 

E por último o solado que tem um novo design, agora um pouco mais largo, o que de alguma forma contribui para uma melhor estabilidade. 

A espessura da borracha é mais fina do que a do solado do Nimbus 24. 

Se por um lado este detalhe permite com que a entressola trabalhe gerando um pouco mais de amortecimento e resposta, por outro lado a durabilidade pode ficar um pouco mais comprometida. 

Porém a durabilidade do solado de um tênis envolve uma série de fatores e variáveis a serem analisados.

No geral o Nimbus 25 evoluiu consideravelmente. No tamanho 42 que calço, ele está 8 gramas mais pesado do que o 24. 

Correndo com ele, eu não sinto este peso todo. Mas esta sensação é diferente de pessoa para pessoa. 

Acredito que para a ASICS não seja um quebra-cabeça tentarem reduzir em torno de 25 a 30 gramas nas próximas edições.


FICHA TÉCNICA

Categoria: Amortecimento

Pisada: Neutra

Drop: 8mm (41.5mm calcanhar / 33.5mm frente)

Peso: 321gr – 42 masc. / 261gr – 38 fem.



Texto cedido pelo autor e publicado originalmente no Blog Roehniss - www.rodrigoroehniss.com.br